terça-feira, 16 de março de 2010

Antes de engravidar

Ajudar seu bebê a nascer o mais saudável possível é a melhor razão para não deixar de lado cuidados e exames médicos. Quem tem a chance de planejar uma gravidez com antecedência ganha pontos com duas medidas básicas. A primeira é aumentar a ingestão de ácido fólico antes da concepção, mantendo-a depois, na gestação, até 12a semana. Peça ao seu médico um suplemento com essa vitamina para evitar problemas neurológicos no bebê. A segunda providência é realizar a bateria de exames pré-concepcionais, que avaliam seu histórico de saúde.

Um ultra-som examina o aparelho reprodutor e exames sorológicos pesquisam a imunidade contra doenças como rubéola, toxoplasmose e citomegalovirose. Quando acontecem durante a gestação elas podem infectar o feto causando problemas de visão, retardo mental, defeitos congênitos e até a morte. Se eles dão positivo, ótimo. Significa que você já tem anticorpos contra as doenças. Se derem negativo, há muitos recursos para proteger seu bebê. Para a rubéola, por exemplo, basta tomar a vacina, aguardar um tempo e repetir o exame sorológico para verificar a imunidade. A toxoplasmose é prevenida com medidas simples: evitar o contato com fezes de gato e terra, o consumo de ovos e carnes cruas e lavar as mãos sempre. A citomegalovirose tem manifestações iguais a de qualquer doença viral - febre e dor no corpo e não pode ser prevenida com vacina. No entanto, se o médico sabe que você não teve a doença e os sintomas aparecem na gestação, ele checará o problema e poderá curá-lo, evitando que o bebê se contamine.



Os exames pré-gravidez também acusam se você tem sífilis, hepatite B ou o vírus da Aids, entre outras doenças transmitidas sexualmente. O teste para HIV não é obrigatório, mas os médicos devem oferecê-lo. Sem cuidados as doenças afetam o bebê. A sífilis pode causar abortos tardios. A hepatite B raramente chega ao feto, protegido pela placenta, mas preocupa no parto. 'Se a mãe tem hepatite, diminuímos o contato do bebê com o sangue dela na hora do parto e vacinamos o recém-nascido' diz o obstetra Abner Lobão Neto, da Universidade Federal de São Paulo

O mesmo ocorre se a gestante é portadora do vírus da Aids. 'Mantendo a carga viral dela pequena e tomando cuidados no nascimento, conseguimos diminuir de 15% para 2% o risco de a criança contrair o vírus', informa a chefe do ambulatório de pré-natal do Hospital das Clínicas, Rosa Maria Ruoco.


matéria retirada do site revistacrescer.globo.com

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